Vacina da Gripe: esclarecendo 6 dúvidas frequentes

A gripe é uma infecção causada pelo vírus Influenza caracterizada por uma infecção aguda do sistema respiratório, causando uma série de sintomas. Por ser uma infecção viral, ela se espalha facilmente. A doença pode se desenvolver de forma leve ou grave e até mesmo ser fatal. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estima que as epidemias anuais dessa doença causam de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290 mil a 650 mil mortes em todo o mundo.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem três tipos de vírus influenza que circulam no Brasil: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias A/H1N1pdm09 e A/H3N2.

A seguir, vamos responder as principais dúvidas sobre a vacinação contra a gripe.

1. Por que devo me vacinar contra a gripe?

A medida mais eficaz e segura para prevenir complicações graves e óbitos decorrentes da influenza é a vacinação, por isso é essencial manter a vacina em dia. No Brasil, quem produz anualmente os imunizantes contra a influenza é o Instituto Butantan.

A vacina contra a gripe é fundamental para todos os indivíduos acima de seis meses de idade – desde que não possuam alguma contraindicação. No entanto, ela é ainda mais fundamental para pessoas que estão nos grupos de risco. Esse grupo deve se vacinar, preferencialmente, antes do inverno, uma vez que, segundo o Ministério da Saúde, o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação.

2. A vacina causa algum efeito colateral?

Os efeitos adversos mais comuns à vacina da gripe podem incluir dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção, febre, dor muscular e dor de cabeça. No entanto, as reações podem variar de pessoa para pessoa, podendo inclusive não surgir sintomas.

3. Como funciona a vacina Influenza?

Segundo o Butantan, responsável pela produção dos imunizantes no Brasil, a vacina Influenza é produzida a partir da inoculação do vírus em ovos embrionados de galinhas, mesma tecnologia que será usada na produção da vacina ButanVac contra a Covid-19, também do Butantan. A vacina do Butantan é trivalente, pois protege contra os três principais vírus em circulação.

Para produzir a vacina, o Instituto explica que após um período de incubação, o líquido alantóico que envolve o embrião é colhido, centrifugado, concentrado, fragmentado e inativado, originando uma suspensão da vacina monovalente. A mistura das suspensões de cada monovalente resulta assim na vacina trivalente.

4. Preciso me vacinar contra a gripe todos os anos?

Sim! De acordo com o Ministério da Saúde, os vírus da gripe mudam constantemente, sendo necessário o desenvolvimento a cada ano de novas vacinas específicas para a cepa (tipo) do vírus que está circulando. Além disso, com o passar do tempo, os anticorpos para os vírus vão diminuindo, havendo a necessidade de reforçar o sistema imunológico por meio de uma nova vacinação.

5. Existe alguma diferença entre gripe e resfriado?

Sim! O resfriado é causado pelo vírus rhinovírus e outros semelhantes, e apresenta sintomas mais leves que os da gripe. As manifestações mais comuns dos resfriados são: coriza, espirros, congestão nasal, dor de cabeça, febre baixa e tosse seca.

Já a gripe, como dito anteriormente, é uma infecção viral causada pelo vírus influenza. A doença começa com sintomas como febre, dor muscular e tosse seca, além de poder apresentar dor de cabeça, calafrios, desidratação, coriza e dor de garganta. Os sintomas podem evoluir para uma forma mais grave. Desse modo, a vacina Influenza protege somente contra os vírus causadores da gripe.

6. Além da vacina, existe outra forma de prevenção?

Outros cuidados devem estar aliados com a vacinação contra a gripe. O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas eficazes para reduzir o risco de contrair ou transmitir o vírus influenza, ou outras doenças respiratórias, são elas:

Higienizar as mãos com frequência, principalmente antes de consumir alimentos e após tossir e espirrar;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Etiqueta respiratória para impedir a disseminação do vírus. Isto é, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Manter os ambientes bem ventilados;
Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes sempre ventilados);
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Autora: Bruna Faraco
Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), radialista e fotógrafa.

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Notícia: InfoHealth