Medicina Preventiva: foco na saúde e não na doença

Prevenir é melhor do que remediar, diz o ditado popular. E a sabedoria popular está correta. A prevenção é realmente a principal forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Foi assim que surgiu a Medicina Preventiva, uma especialidade médica que se dedica à prevenção da doença ao invés de seu tratamento. A Medicina Preventiva é para todos e tem um olhar sob vários aspectos da saúde. Para entender melhor sobre esse assunto, perguntamos à Dra. Gioconda Lucatel (CRM 21954), que atua nos hospitais Moinhos de Vento, Mãe de Deus e Divina Providência, além de seu consultório no Nasce, um centro de atendimento integrado da mulher. Leia o que ela tem a dizer sobre prevenção:

Como funciona a medicina preventiva? Por que investir nela?

Gioconda: Bom, a própria palavra prevenção significa o conjunto de medidas ou preparação antecipada de algo que visa evitar algum mal ou dano. E a Medicina Preventiva é exatamente isso. São todas as mudanças de hábitos que o ser humano tem que iniciar o mais rápido possível, justamente para evitar chegar em uma situação de doença. A prevenção é sempre o melhor caminho para pensar e é o futuro da medicina.

Antigamente se pensava em um tempo de vida de 60 anos. Hoje, aos 60 anos, as pessoas estão trocando de profissão, de relacionamento, viajando, produtivas. O problema é que as pessoas vivem mais, mas estão também adoecendo mais cedo, ficando dependentes mais cedo e sobrecarregando diversos sistemas, além de viverem sem qualidade. Então, a ideia da Medicina Preventiva é estimular essas pessoas a mudarem de hábitos. Como os alimentares. As pessoas já estão entendendo que consumir alimentos orgânicos e reduzir condimentados, industrializados e refinados, por exemplo, tem impacto direto na qualidade de vida. Vemos uma maré de novas alergias, muitas delas nem causadas pelos alimentos e sim pelos químicos que as pessoas nem sabem que estão consumindo: aromatizantes, edulcorantes, estabilizantes, conservantes. Outro hábito a ser mudado urgentemente é o sedentarismo. Hoje, já se afirma que para a manutenção da saúde e longevidade, o indivíduo deve fazer, no mínimo, 130 minutos por semana de alguma atividade física. Não adianta jogar algum esporte nos finais de semana. São 130 minutos distribuídos ao longo da semana.

Outro hábito que eu sempre digo que as pessoas não se dão conta é o de dormir bem. A produção de melatonina, hormônios, neurônios, cortisol, entre outros componentes essenciais do nosso corpo é durante o sono! E a maioria das pessoas não tem um sono de boa qualidade e isso desencadeia uma série de sintomas a curto e longo prazo. Queda de cabelo, aumento de peso, taquicardia, irritação, queda de produtividade e energia.

Pessoas mais saudáveis são as que utilizam menos remédios. Eu gosto de falar que a palavra remédio significa remediar uma situação e se eu previno eu não preciso remediar. A prevenção consiste em não deixar acontecer aquele dano. O remédio só entra em ação quando o dano já aconteceu.

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